Quando entramos em uma
igreja e impulsionados pelos imponderáveis do ambiente, nos ajoelhamos diante
do Sacrário, rezamos o Pai-Nosso, ou quando fazemos uso da água benta, temos
uma noção bem exata desse ato que praticamos? Muito ao nosso alcance e de
grande benefício espiritual, está a riqueza dos sacramentais.
"Chamam-se sacramentais os sinais
sagrados instituídos pela Igreja cuja finalidade é preparar os homens para
receberem os frutos dos sacramentos e santificarem as diferentes circunstâncias
da vida" (CEC 1677). "Os sacramentais não conferem a graça do Espírito
Santo à maneira dos sacramentos, mas oferecem aos fiéis bem-dispostos a
possibilidade de santificarem quase todos os acontecimentos da vida por meio da
graça divina que deriva do mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de
Cristo" (CEC 1670).
Diferenças
entre os Sacramentos e os Sacramentais
Há distinções substanciais entre o sacramento
e o sacramental. Os sacramentos produzem seu efeito ex opere operato
("pela obra realizada") por sua própria virtude, quando devidamente
ministrados e recebidos ; a eficácia dos sacramentais, ex opere operantis
("pela ação daquele que opera") pela disposição dos que os recebem.
Assim, para que haja um frutuoso efeito das graças dos sacramentais, são
necessárias também nossa plena consciência e boa disposição ao recebê-los.
Os sacramentos contêm e
conferem a graça habitual ou santificante que é a graça que nos dá uma
verdadeira e real participação na vida do próprio Deus; os sacramentais nos
preparam para receber e cooperar com as graças atuais as quais, como o próprio
nome indica, são atos fugazes e transitórios e, não hábitos permanentes como o
é a graça santificante. Os sacramentos foram instituídos por Nosso Senhor Jesus
Cristo, e são apenas sete (batismo, crisma, eucaristia, confissão, unção dos
enfermos, ordem e matrimônio) Já os sacramentais são instituídos pela Igreja,
que pode aumentar o seu número, se julgar conveniente para o bem das almas.
Mas,
quais são os sacramentais ?
Por serem numerosos, muitos teólogos reduzem
a seis grupos:
a) Orans (Orante): algumas
orações, tais como o Pai-Nosso e as orações que, publicamente, costuma rezar a
Igreja: as Ladainhas, por exemplo.
b) Tinctus (Molhado): o uso da água benta; certas unções que se usam na administração de alguns sacramentos e que não pertencem à sua essência.
c) Edens (Comido); indica o uso do pão bento ou outros alimentos santificados pela bênção de um Sacerdote.
d) Confessus (Confessado): quando se reza o Confiteor, individual ou publicamente. - Ou seja, rezando o Confiteor para pedir perdão a Nosso Senhor por tantas falhas que cometemos , sem lembrar-Se mais da falta, Ele, já neste ato, nos cumula de graças.
e) Dans (Dado): esmolas espirituais ou corporais, bem como os atos de misericórdia, prescritos pela Igreja. - Acima das esmolas que possamos dar, está o bem espiritual que possamos fazer ao próximo. Além desse ato ser um sacramental, adquirimos uma série de méritos pela caridade fraterna e pelas outras virtudes que a acompanham.
f) Benedicens (Bendizente): as bênçãos que dão o Papa, os Bispos e os sacerdotes; os exorcismos; a bênção de reis, abades ou virgens e, em geral, todas as bênçãos sobre coisas santas.
Quantas graças, quantas dádivas da Santa Igreja à nossa disposição!
b) Tinctus (Molhado): o uso da água benta; certas unções que se usam na administração de alguns sacramentos e que não pertencem à sua essência.
c) Edens (Comido); indica o uso do pão bento ou outros alimentos santificados pela bênção de um Sacerdote.
d) Confessus (Confessado): quando se reza o Confiteor, individual ou publicamente. - Ou seja, rezando o Confiteor para pedir perdão a Nosso Senhor por tantas falhas que cometemos , sem lembrar-Se mais da falta, Ele, já neste ato, nos cumula de graças.
e) Dans (Dado): esmolas espirituais ou corporais, bem como os atos de misericórdia, prescritos pela Igreja. - Acima das esmolas que possamos dar, está o bem espiritual que possamos fazer ao próximo. Além desse ato ser um sacramental, adquirimos uma série de méritos pela caridade fraterna e pelas outras virtudes que a acompanham.
f) Benedicens (Bendizente): as bênçãos que dão o Papa, os Bispos e os sacerdotes; os exorcismos; a bênção de reis, abades ou virgens e, em geral, todas as bênçãos sobre coisas santas.
Quantas graças, quantas dádivas da Santa Igreja à nossa disposição!
Os efeitos que produzem ou podem produzir os
sacramentais dignamente recebidos são muitos. Em geral:
I. Obtêm graças atuais, com
especial eficácia, pela intervenção da Igreja (ex opere operandis Ecclesiae).
II. Perdoam os pecados veniais por via de impetração, enquanto que, pelas boas obras que fazem praticar e pela virtude das orações da Igreja, excitam-nos aos sentimentos de contrição e atos de caridade.
III. Às vezes, perdoam toda pena temporal, atinente aos pecados passados, em virtude das indulgências que costumam acompanhar o uso dos sacramentais. Por exemplo, a água benta.
IV. Obtêm-nos graças temporais, se convenientes para nossa salvação. Por exemplo, saúde corporal, defesa contra as tempestades, uma viagem bem-sucedida, etc.
Embora os efeitos dos sacramentais não dependam, principalmente, da disposição com que são administrados ou recebidos, é necessário estar na graça de Deus para receber as graças atuais dos sacramentais com maior eficácia. Dentro desta perspectiva, "não há uso honesto das coisas materiais que não possa ser dirigido à santificação dos homens e o louvor a Deus."(II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosanctum Concilium, 61: AAS 56 (1964) 116-117).
II. Perdoam os pecados veniais por via de impetração, enquanto que, pelas boas obras que fazem praticar e pela virtude das orações da Igreja, excitam-nos aos sentimentos de contrição e atos de caridade.
III. Às vezes, perdoam toda pena temporal, atinente aos pecados passados, em virtude das indulgências que costumam acompanhar o uso dos sacramentais. Por exemplo, a água benta.
IV. Obtêm-nos graças temporais, se convenientes para nossa salvação. Por exemplo, saúde corporal, defesa contra as tempestades, uma viagem bem-sucedida, etc.
Embora os efeitos dos sacramentais não dependam, principalmente, da disposição com que são administrados ou recebidos, é necessário estar na graça de Deus para receber as graças atuais dos sacramentais com maior eficácia. Dentro desta perspectiva, "não há uso honesto das coisas materiais que não possa ser dirigido à santificação dos homens e o louvor a Deus."(II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosanctum Concilium, 61: AAS 56 (1964) 116-117).
Por Ana Rafaela Maragno
Fonte: Gaudium Press
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