sexta-feira, 8 de julho de 2011

Nossos vícios potenciais e a fé em Deus


  “A respeito do Abade Agatão, diziam que o foram procurar alguns homens, os quais tinham ouvido dizer que possuía grande discernimento. E querendo experimentar-se se enfurecia, disseram-lhe: “Tu és Agatão?” “Ouvimos a teu respeito que és fornicador e soberbo”. Respondeu: “De fato, assim é”. Acrescentaram: “Tu és Agatão, o tagarela e difamador?” Respondeu: “Sou”. Disseram mais:Tu és Agatão, o herege?” Respondeu: “Não sou herege”. Solicitaram-no, então, nestes termos:Dize-nos por que aceitaste tão graves coisas que te dissemos; esta última, porém, não a suportaste”... Respondeu-lhes: “Aquelas, eu as ponho em minha conta, pois são de proveito à minha alma; ser herege, porém, significa separar-se de Deus, e  não me quero separar de Deus”. Tendo ouvido isto, admiraram o seu discernimento, e foram-se edificados”.

  Às vezes ouvimos coisas que não gostaríamos de escutar de ninguém; pior quando são calúnias e difamações! Nossa primeira reação é contra-atacar, nos defender, esbravejar. Parece que a justiça humana nos é muito cara, quase necessária, como se precisássemos da aprovação e da simpatia dos que estão ao nosso redor. No entanto, Agatão descobriu que as injúrias, as perseguições e as más impressões do julgamento humano não são importantes, mas sim a virtude e o caráter diante de Deus.
  O pai do deserto descobriu que em si estavam todos os vícios potenciais: fornicador, soberbo, tagarela, difamador... mas uma única coisa não quis admitir: apartar-se de Deus! De fato, somos capazes do melhor e do pior. Mas somos mais ainda capazes de nos deixar transformar por Deus e, por isso, nunca O deixemos! Que a nossa fé no Senhor seja íntegra e perseverante!

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