sábado, 19 de novembro de 2011

Os EUA acolherão mais protestantes que se convertem ao Catolicismo


  “Daqui a quinhentos anos falarão disto nos livros de História”, dizem, com alegria, os 67 ex ministros episcopalianos (anglicanos) dos Estados Unidos que pediram para tornarem-se sacerdotes da Igreja Católica. O Papa fixou a data do nascimento (1/01/2012) do Ordinariato que, com base na Constituição apostólica “Anglicanorum coetibus”, voltarão a estar em “plena comunhão” com Roma as Comunidades de ex religiosos e fiéis anglicanos dos EUA. Dois mil fiéis, ex anglicanos, serão os primeros membros que serão acolhidos pelo novo Ordinariato, que seguirá o modelo do já existente Nossa Senhora de Walsingham, para a Inglaterra e o País de Gales.

  O anúncio foi feito durante a reunião de Outono (em Baltimore) dos bispos estadunidenses. O Cardeal Arcebispo de Washington, Donald William Wuerl, foi o responsável de dirigir a incorporacão dos grupos de pastores e fiéis protestantes de volta para a Igreja Católica. A notícia é forte, porque rompe o mito de que o Papa Bento XVI é ultraconservador; contrário a esta falácia, está o fato de que sob o seu Pontificado estão o retorno de anglicanos do Reino Unido e de ex-tradicionalistas para o seio da Igreja. O Papa Ratzinger quer a reconciliação do mundo cristão, tanto “de esquerda” como “de direita”; não se trata apenas dos lefebvrianos, mas também dos protestantes e de qualquer outros fiéis que se separaram da Igreja ou que nunca estiveram nela. 
  Os precedentes históricos de duas “fugas” da Comunhão Anglicana são conhecidas. Por exemplo em 1975, a decisão de aceitar as mulheres sacerdotes, aprovada por um Sínodo, anticipou de alguma maneira a dissolução dessa mesma igreja e provocou um pequeno êxodo de pastores para Igreja Católica. A Igreja anglicana conta com 80 milhões de fiéis em todo o mundo; 26 milhões vivem no Reino Unido. A maior autoridade, depois da Rainha da Inglaterra, é atualmente o Arcebispo de Canterbury, Rowan Williams. No interior da igreja chocam-se a “corrente liberal”, que defende a autonomia das diferentes congregacões, e a “conservadora”, que rechaça qualquer compromisso relacionado com temas controvertidos como a homosexualidade e a ordenação de mulheres. 
   Rezemos por esses nossos irmãos e agora também irmãos na mesma fé, para que sejam fiéis a tudo o que vão prometer e tenham a felicidade de “voltar a casa” que sempre foi deles.

Fonte: Vatican Insider

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