A Solenidade que hoje celebramos não é uma oportunidade para a esclarecer o mistério da Trindade; não é uma presunção de abarcar este Mistério tão grande e tão belo, mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é fonte de amor, que é comunidade e modelo de comunidade e que chamou aos homens para lhes dar a vida plena. Como alguém já disse: a Trindade é como o mar, não o podemos reter, mas podemos nele nos banhar. Assim, não poderemos compreender de todo este mistério de um Deus em Três Pessoas, mas poderemos entrar neste círculo de amor.
Na primeira leitura, vimos Moisés que representa todo o homem de coração sedento que busca a Deus e vimos um Deus empenhado em estabelecer a comunhão e a familiaridade com este mesmo homem. O homem reconhece a grandiosidade de Deus, sua misericórdia e clemência, sua paciência, sua bondade e fidelidade. E Deus, acolhendo a reverência de sua criatura, também se inclina para sua criação. O pedido de Moisés é nosso também hoje: “Senhor, caminha conosco! Vem ao encontro dos homens, que lhes fala! Ainda que tenhamos cabeças duras, corações frios, tremor nas pernas e vacilo na boca, acolhe-nos como propriedade tua!”
1° As três Pessoas estão em plena união; as três agem, as três nos envolvem, as três nos concedem dons;
2° O Pai nos dá seu amor, o Filho a sua graça e o Espírito Santo a sua comunhão. O amor nos transforma, a graça nos eleva e a comunhão nos une. O homem que deseja amar de verdade e de maneira plena, precisa da graça de Deus para purificar e elevar este amor e não poderá encontrar isto, se não for por meio da união, comunhão com Deus;
3° Para viver como cristãos, batizados na Trindade, deveremos refletir a Trindade em nossas vidas; se nossa alma, se nossas ações não refletirem o alto, estaremos sempre apegados às coisas que são baixas...
Deus, o totalmente Outro veio a nós. Silenciemos para entrar em seu Silêncio! Quando falamos de Deus, nada falamos de Deus! Tudo o que se disser da Trindade ainda não tocará plenamente naquilo que Ela é... Fiquemos, porém, com o que sabemos: O Pai é O que ama, o Filho o que é Amado e o Espírito é o próprio Amor. O Pai não é gerado, mas gerou Seu Filho e ambos, Pai e Filho expiraram o Espírito Santo. As Pessoas na Trindade se distinguem, mas não deixam de ter a mesma essência, o mesmo poder, a mesma majestade. A glória é uma só dada ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo; não há uma gradação na Trindade, os Três são um só Deus. Deus que é Amor, Amor Pai Amor Filho Amor Espírito Santo!
Façamos a experiência de Moisés. Subamos a montanha sagrada da oração e lá encontremos o Deus escondido que se revela a cada alma em particular. De Deus viemos e para Ele devemos voltar! Que um dia estejamos no interior da Trindade Santa. Que um dia nossa glória também seja eterna, como a glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Padrezinho
ResponderExcluirMais uma vez suas palavras nos tocam profundamente...
Somente com o nosso coração aberto poderemos ousar penetrar na complexidade da Trindade de maneira simples e encontrar o Pai que cria, o Filho que redime e o Espírito que santifica. Três pessoas unidas num só ideal de amor: ser comunhão plena e transbordar esta plenitude a todas as criaturas.
Que possamos nós experimentar e aprender a cada instante deste Santo Mistério em nossas vidas.
Abraços
O Mistério da Santíssima trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode-se dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Jesus sobretudo quem revelou o Pai, Ele como Deus, e o Espírito Santo; isto não foi invenção da Igreja.
ResponderExcluirA Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas. Bjs! Parabéns pelo Blog...