Pela parte da manhã, tivemos normalmente nossas aulas. Ainda estamos estudando Música Sacra. Avançamos pelo período barroco ao neoclassicismo. Vimos a música da Reforma Católica e da Reforma Protestante. Interessantes as histórias de desobediência dos músicos do Brasil às normas emanadas pela Santa Sé para coibir os abusos na Liturgia. Parece que esta tentação de muitos músicos atuais continua...
A aula continuou passando pela música moderna até aos nossos dias. Escutamos algumas peças lindíssimas de Palestrina, Mozart, Brahms, entre outros grandes autores. O desenvolvimento da música foi lento e teve na música sacra sempre a sua base. Vimos os excessos das músicas que invadiram a Liturgia, sem terem o padrão para recolhimento dos fiéis e para a sagrada participação da assembléia. O canto gregoriano que foi abandonado, dando lugar a peças com influência profana e supervalorização dos solistas. Interessante que todas essas dificuldades que começaram no século XVIII e XIX continuam em nosso tempo: músicas fora de contexto, que beiram ao profano e que não elevam os corações dos fiéis a uma participação espiritual; músicas que mais excitam do que recolhem; muito barulho e som alto e desprezo aos sons delicados e meditativos.
Uma Encíclica do Papa Bento XIV, ainda no século XVIII, já falava da diminuição dos instrumentos na Liturgia, para que o texto - e o texto bíblico - falasse mais ao ouvido e ao coração. No século XIX surge, baseado neste documento do Papa e, querendo um retorno às normas do Concílio de Trento, o movimento "cecilianista". Centrado na Alemanha, ele se dedicou a reformar a música sacra católica. Foi uma reação à secularização e aos ideais do iluminismo. A música deve estar à serviço da Liturgia para promover uma atmosfera de devoção e piedade e não à excelência e à individualidade artística.
À tarde fomos para a Catedral, onde a professora explicou pormenorizadamente o órgão e a música na Igreja. Passamos a primeira parte da tarde lá. Depois fomos para a gráfica Dom Viçoso, uma gráfica da Arquidiocese de Mariana, para fazermos as carteirinhas da Faculdade. Logo após, nos encontramos por volta das 16h no Museu da Música. A professora continuou sua aula, agora falando de todos os instrumentos que lá estavam. Muitas partituras antigas, cópias de partituras coloniais e acervo auditivo. Foi um dia bem produtivo, mas também muito cansativo.
Pessoalmente já estou bem do meu mau-estar; ainda tomo os remédios e não estou comendo tudo. Após a visita ao Museu, retornei ao Seminário e celebrei a Santa Missa, rezei Vésperas e completei meu dia.
Vista para a cidade, do coro da Catedral |
Aula da tarde na Catedral |
O famoso órgão de perto |
Museu da música de Mariana |
Continuação da aula da tarde no museu |
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