Diário de Viagem

  Queridos amigos, estamos quase terminando nossa Jornada espiritual e de amizade e cultura! Estamos felizes por rever em breve todos vocês, mas também já estamos tristes pelo fim dessa experiência marcante e profunda desta peregrinação.

  Hoje saímos do hotel um pouco mais tarde, às 8h15min e fomos direto para o Monte das Oliveiras, lugar que Jesus gostava muito de ficar para rezar a sós. Também foi aqui neste monte sagrado o palco de outros diversos fatos importantes na vida do Senhor. Visitamos a Capela da Ascensão, lugar tradicional da subida de Jesus aos Céus. Só existe, infelizmente, uma pequena edificação em forma rotunda, já que a antiga construção fora, em parte, destruída pelo conquistador muçulmano Saladino.

  Descemos a rua um pouco mais e chegamos à Igreja do “Pater Noster”, lugar em que Jesus ensinou aos seus discípulos e a nós a Oração do Pai Nosso; por todos os lados do pátio e dentro do Templo existe a Oração do Senhor em mais de 150 línguas, inclusive o português arcaico e o moderno.

  Ainda no Jardim das Oliveiras, visitamos a Igreja do “Dominus flevit”, lugar em que o Senhor olhou do alto para Jerusalém e chorou e depois lançou sua profecia, de que a cidade seria destruída, o que aconteceu anos depois. A visão é linda e foi emocionante ler a passagem do Evangelho com a cena diante de nós...

  Saímos desta Igreja e descemos mais uma longa ladeira, a mesma em que Jesus passou para entrar em Jerusalém, quando foi saudado pela multidão com ramos de oliveira. Cantamos hosanas ao Senhor, enquanto lembrávamos do Domingo de Ramos! Adentramos logo a seguir a Igreja da Agonia, no Getsêmani, lugar em Jesus suou sangue, foi traído por Judas e preso de maneira violenta. A Igreja é escura e nos convida a relembrar a cena da prisão. Diante do altar, rodeada de espinhos de bronze, está um solo rochoso representando o lugar da Agonia. Neste lugar está a oliveira mais velha de Israel, com mais de dois mil anos. Esta árvore, com certeza, testemunhou a traição de Judas e a prisão do Inocente Jesus. Curiosamente havia um frade franciscano no interior do jardim que, depois de muito resmungar, acabou me cedendo um grande galho de oliveira!

  A poucos metros dali, fica o chamado “Túmulo de Maria”, que para os ortodoxos foi o lugar da assunção de Maria. Saímos dali e fomos para o almoço. Depois da refeição e de um breve descanso dentro de um kibutz, saímos para conhecer a parte nova e moderna de Jerusalém. Paramos defronte ao Parlamento israelense para visitar a maior menorah de Israel; de fato, ela é linda. A menorah é um candelabro de sete braços, símbolo da religião judaica, mas também dos sete dons do Espírito Santo.

  Voltamos para a cidade antiga onde visitamos o Bairro judeu dentro das muralhas. De lá, caminhamos mais um pouco para a Igreja “da Dormição de Maria”, lugar onde os católicos acreditam ter sido o local da assunção de Nossa Senhora. Nesta abadia beneditina visitamos a cripta onde se encontra uma bela imagem da Virgem adormecida e celebramos a Santa Missa. Tivemos a alegria de celebrar no altar principal, nesta Igreja muito bonita, de mosaicos e imagens. Após a Missa regressamos ao hotel.

  À noite, às 20h, saímos de novo para a Igreja da Agonia, para fazermos uma hora de vigília e adoração. Chegamos a pouco de lá. Fomos recebidos por um frade brasileiro, que nos atendeu muito bem. Fizemos a Adoração ao Santíssimo com cantos, orações e passagens da Bíblia. A capela, muito antiga, é uma gruta com resquícios de mosaicos antigos e pinturas ainda do tempo dos Cruzados, do século XII. Após a Adoração ao Santíssimo, o frei nos explicou as pinturas e a história da Igreja. Foi uma maravilha! Eis algumas fotos deste dia.