domingo, 18 de dezembro de 2011

Dioceses de Petrópolis e Duque de Caxias esperam seu novo Bispo

  As dioceses de Petrópolis e Duque de Caxias estão se despedindo de seus Bispos, os Administradores Apostólicos Dom Filippo Santoro (Petrópolis) e Dom José Francisco (Duque de Caxias); um para a Itália e outro para Niterói. Ambos foram, no dizer canônico, promovidos ao arcebispado. Duas grandes Arquidioceses e com inúmeros desafios. Alguns já fazem conjecturas sobre o futuro de tais Prelados, baseando-se em seus currículos, em suas capacidades e em sua idade (Dom Filippo, 63 e Dom José Francisco, 55) e dizem que receberão no futuro novos encargos. O ex Bispo de Petrópolis, por exemplo, estando mais perto de Roma, teria uma visibilidade maior, chegando talvez ao cardinalato. O certo é que esses   novos Arcebispos trabalharão bastante em suas novas Sedes Episcopais, assim como faziam em suas antigas e estarão centrados apenas no presente. O que se pode perguntar e, com mais intensidade, é sobre a futura direção das Dioceses vacantes. Quais serão os novos Bispos? Serão padres elevados ao episcopado? Serão Bispos remanejados? Qual a influência dos antecessores na eleição dos sucessores?

  As pesquisas e as indicações, normais num tempo de vacância, certamente já se iniciaram. Alguns dizem que Petrópolis já está à frente; primeiro pela questão de ordem, já que a nomeação de Dom Filippo saiu primeiro (ainda que apenas 9 dias antes da nomeação do novo Arcebispo de Niterói) e segundo pela questão da UCP (Universidade Católica de Petrópolis) que foi reorganizada pelo Bispo de Petrópolis e que inspiraria cuidados e atenção especial. Sobre Duque de Caxias, ainda nada se ventila.
  Petrópolis possui uma vocação à cultura e ao saber acadêmico e, por isso, pensam num perfil de um Bispo que se comprometa com ambas, não deixando de lado os aspectos também importantes de uma pastoral popular. Deve-se lembrar que Dom Vaz (anterior a Dom Filippo) e o próprio Dom Filippo trabalharam na área acadêmica e que, talvez, queira-se dar continuidade a esta linha.
  Duque de Caxias passou por grandes transformações. Foi conduzida por Dom Mauro Morelli, teólogo da libertação que criticava a própria Igreja apresentando-a como duas Igrejas antagônicas, a "Igreja européia" e a "Igreja latino-americana". Uma vez Dom Mauro escreveu: "Que a Igreja Européia desça do trono de sua sabedoria e de suas certezas (...)". Dom Mauro ficou  bastante conhecido pela campanha contra a fome e desnutrição e por ser o primeiro Bispo católico a desfilar na Sapucaí; em sua gestão as idéias da "teologia da libertação" foram utilizadas com vigor por mais de 20 anos. 
  Dom José Francisco, 2° Bispo da Diocese, teve bastante trabalho para liderar uma Igreja  muito ligada ao social, levando-a ao equilíbrio. Agora, após ter um Bispo que falava da prioridade de Deus e que tinha um discuso equilibrado no campo social, qual será o perfil do novo Bispo de Duque de Caxias? Certamente um Bispo que colherá o trabalho de Dom José Francisco e que avançará por esta mesma trilha de uma Igreja equilibrada. 

Um comentário:

  1. Como Petropolitano, sinto uma imensa falta de D. José Ubiratan Lopes, atualmente Bispo de Itaguaí.
    D. José fez um grande trabalho social e como "prêmio" foi promovido de padre a Bispo em Itaguaí.
    Nada contra Itaguaí, mas que o Santo Padre em Roma, recoloque o nosso Frei Ubirantan, de onde jamais devia ter saído.

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