domingo, 22 de julho de 2012

O Líbano aguarda a visita de Bento XVI com grande expectativa

Beirute  - No Líbano continuam os preparativos para a próxima visita apostólica do Papa que se realizará entre os dias 14 e 16 de setembro. Ocasião para a 24ª viagem internacional de Bento XVI é a assinatura da Exortação Apostólica pós-sinodal para o Oriente Médio. A Rádio Vaticano conversou com o Padre Marwan Tabet, coordenador da visita papal:

R. – "Posso dizer que 80% dos preparativos estão concluídos. Todos, no Líbano, estão se preparando para acolher o Papa e não vêem a hora de lhe dizer o que sentem neste momento. Há expectativa por aquilo que o Santo Padre irá dizer. Portanto, a atmosfera é realmente de grande entusiasmo, especialmente entre os jovens".

P. No Líbano existem vários ritos católicos: maronitas, melquitas, sírio-católicos e armeno-católicos. Em meio a essa diversidade, quanto foi difícil encontrar a unidade e coordenação?

R. – "Pelo fato de viver onde vivemos e pelo modo com qual as situações nos afetam, aprendemos - como Igreja Católica – a nos coordenarmos entre nós. Ao mesmo tempo, devo dizer porém que também o nível de coordenação com as Igrejas cristãs não-católicos registrou grandes progressos em muitas dioceses, onde há uma relação amigável entre as comunidades católica, ortodoxa e protestante. Essas comunidades aprenderam a viver juntas. Agora todos os cristãos do Oriente Médio não pensam tanto na sua diversidade, se eles são católicos, ortodoxos ou protestantes: sabem somente que eles estão todos no mesmo barco. Eles se perguntam se o cristianismo irá sobreviver nesta parte do mundo. Devemos nos perguntar, de fato, se os cristãos continuarão aqui e se são realmente considerados parte integrante do país. Existem forças internacionais ou lobbies que estão trabalhando para expulsar os cristãos daqui, ou pelo menos para reduzi-los a uma presença insignificante. A visita do Papa ao Líbano quer dizer aos cristãos que Roma está com eles, que a Santa Sé está com eles, e que está trabalhando com a comunidade internacional para fazer saber ao mundo que o Oriente sem cristãos não seria um verdadeiro Oriente. Ao mesmo tempo, a Igreja também está trabalhando com a liderança muçulmana, para mostrar que a contribuição dos cristãos não pode ser prejudicial à fé islâmica".

Fonte: Rádio Vaticana

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