O Papa Bento XVI presidiu
hoje uma Missa em sufrágio das almas dos bispos e cardeais falecidos no último
ano. Bento XVI afirmou que o “abismo da morte” humana não deve assustar os
católicos, que acreditam na “intervenção de Deus” na história e na “vida
eterna”. “A intervenção de Deus no drama da história humana não obedece a
nenhum ciclo natural, obedece apenas à sua graça e à sua fidelidade”, disse. O
Papa elencou o nome dos dez cardeais que morreram neste período, “animados pela
fé na vida eterna”. A missa foi concelebrada por várias dezenas de cardeais e
bispos da Cúria Romana e presentes no Vaticano.
“Era necessária uma força benéfica maior do
que aquela que faz avançar os ciclos da natureza, um Bem maior do que o da
própria criação: um amor que procede do ‘coração’ de Deus e que, ao revelar o
sentido último da criação, a renova e orienta para a sua meta originária e
última”, declarou, na homilia proferida durante a missa, na basílica de
São Pedro.
Bento XVI aludiu à morte e ressurreição de
Jesus, considerando que “a vida nova e eterna é fruto da árvore da cruz, um
árvore que floresce e frutifica pela luz e pela força que têm origem no sol de
Deus”. “Sem a cruz de Cristo, toda a energia da natureza permanece impotente
perante a força negativa do pecado”, observou.
O Papa disse que, diante da morte, todos
sentem “os sentimentos e pensamentos” ditados pela “condição humana” e, tal
como fizera no dia dos fiéis defuntos, esta quarta-feira, apresentou uma
reflexão sobre “o mistério da morte” e o “acordar para a vida imortal”. “A
morte de Cristo é fonte de vida, porque nela Deus exauriu todo o seu amor, como
numa imensa cascata”, disse.
Fonte: Agência ecclesia
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