Nascido provavelmente em
Caná, mas em data desconhecida, a sua morte terá ocorrido provavelmente em
Albanópolis, na Armênia. São Bartolomeu era um dos doze Apóstolos de Jesus e
mencionado como o sexto nos Evangelhos Sinóticos (Mt 10,3; Mc 3,18 e Lc 6,14) e
como o sétimo em São João e nos Atos dos Apóstolos (At 1,13). O seu
nome, Bar-Tolai, significa "filho de Talmai" (ou Tholmai), um antigo
nome hebreu que atesta a ascendência do santo, e que pode ter sido o seu nome
próprio ou um apelido para o distinguir como filho de Talmai. Pensa-se, antes,
que não terá sido o seu nome próprio já que é identificado por São João com
Natanael, "dom de Deus", (Jo 1,45-51). Originário de Caná da Galiléia
(Jo 21,2), trazido a Jesus pelo testemunho de Filipe, fica convencido perante a
perspicácia de Jesus e reconhece o seu messianismo (1, 48 s.) e segue-o até ao
fim (21,2,14).
Não existem dados sobre São Bartolomeu nos livros eclesiásticos antes de Eusébio, que refere que Panteno, o mestre de Orígenes, quando evangelizava a Índia teve conhecimento de que o Apóstolo já lá tinha pregado antes dele o Evangelho de São Mateus, escrito em hebraico. Naquela altura, o termo "Índia" abrangia uma área geográfica muito grande que incluía a Arábia e a Pérsia. Existem outras lendas que dizem que São Bartolomeu teria andado pela Mesopotâmia, Pérsia, Egito, Armênia e nas costas do Mar Negro. Uma destas lendas identifica-o, de fato, com Natanael.
Diz-se que a sua morte
ocorreu na Armênia, em Albanópolis, segundo uns decapitado e segundo outros
esfolado vivo, crucificado e deitado ao mar, no Sul de Itália, às ordens de
Astíage por ter convertido o irmão deste último, Polímio, rei da Armênia. A
iconografia representa-o esfolado e segurando na mão a sua própria pele e com o
seu instrumento de suplício, a faca, nas mãos. As suas relíquias foram, segundo
alguns, preservadas na Igreja de São Bartolomeu na Ilha Tiberina, em Roma. Em
tempos remotos existiu um Evangelho apócrifo de São Bartolomeu.
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