quinta-feira, 12 de maio de 2011

"Enraizados e edificados n'Ele"

   Nesta breve formação, gostaria de começar a trabalhar com vocês o texto do Papa Bento XVI para a Jornada Mundial dos Jovens que acontecerá em Agosto, em Madri, Espanha.
  Vamos começar nosso encontro colocando-nos na presença de Deus nosso Senhor, sabendo que Ele nos acompanha e que Ele nos convida a estar bem perto de sua majestade, conversando face a face, coração a coração, juntamente com Ele. Deus sempre nos busca e a oração consiste em deixar-nos encontrar por Ele, permitir a Ele que nos encontre, que nos alcance, que nos veja;  que realize em nós  a sua obra de salvação, a sua obra de santificação. Ser santos, portanto, significa deixar que Deus nos santifique. E para contemplar esta realidade de chamado à santidade, vamos percorrer o texto da Jornada. O título é bem sugestivo: “Enraizados e edificados nele (no Cristo)... firmes na fé” (Cl 2,7).

  Como uma primeira reflexão, poderíamos considerar o que comenta o Papa : “nossa alma aspira a uma vida maior”. Todos os jovens e adultos aspiram à uma vida mais elevada; não desejamos nos perder na pequenez, nos satisfazer com pouco, com o mais ou menos, com a mediocridade; não pensamos em passar a vida sem fazer algo importante, grande, sem transcender. Está em nosso instinto essa busca de uma vida mais plena, de uma satisfação completa do nosso ser, porque a pessoa humana foi feita à imagem de Deus, que é Pleno. Por isso aspiramos ao amor, à alegria, à paz... Este desejo de vida mais plena e enraizada em Cristo é, sem dúvida, um sinal de que a partir da nossa alma vamos ao encontro do Criador. Deus, que é perfeito, pôs em nossa alma o desejo de perfeição. Deus, que é santo, pôs em nossa alma o desejo de santidade. Deus, que é Bondoso, pôs em nossa alma o desejo de sermos bons. Deus, que é fiel, pôs em nossa alma o desejo de sermos fiéis e a vontade de buscarmos a fidelidade, nos leva a amar a fidelidade. Portanto, levamos dentro de nós a vontade do Criador de possuir tais ações, ações grandes, altas, sublimes, que todos devemos experimentar para buscarmos o Céu com mais atitude; “no entanto”, diz o Papa, “a cultura atual em muitos lugares tende a querer excluir a Deus da vida; seja em nível de indivíduos, seja em nível social. E, sobretudo, quer excluir a Deus de tudo o que se relaciona à sociedade, como se Deus tivesse que ser restrito à vida privada”.
  Noutras palavras, Deus não teria incidência sobre nossa vida social, nosso trabalho, em nada. Essa cultura atual, podemos perceber, deseja minimizar a pessoa, porque não leva mais o ser humano a buscar  a vontade de Deus, mas apenas a sua autosatisfação; e devemos saber que, se tirarmos a Deus do mundo, o que sobrará? Se tirarmos a Deus do mundo, como saberemos sua vontade? Se tirarmos a Deus do mundo, como chegaremos à alegria plena à qual fomos todos chamados? É uma violência silenciosa contra toda a humanidade! 

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