O Vaticano está atônito, e até mesmo embaraçado; pois na
viagem a África, que acaba de terminar, segundo muitos fiéis sem contato entre
si, teriam ocorrido no céu fenômenos semelhantes aos que foram verificados
durante as aparições mais famosas do século passado, como Fátima e Tre Fontane.
Um parente de um bispo teria produzido uma documentação fotográfica ou vídeo do
evento, que teria sido entregue ao Secretário de Estado, o Cardeal Tarcisio
Bertone.
No dia seguinte à
missa celebrada por Bento XVI no Estádio de l’Amitié, em Cotonou, até os bispos
de Benim se questionaram sobre o extraordinário fenômeno que permitiu, às 8
horas da manhã, aos 80.000 fiéis presentes, ver juntos a lua e o sol, um evento
raríssimo na África naquela latitude, o que causou grande assombro na multidão,
como disse aos jornalistas o diretor da sala de imprensa do Vaticano, padre
Federico Lombardi. Ainda mais porque não poucos fiéis disseram ter visto também
o sol se mover e brilhar sem ofuscar, de modo a poder olhá-lo por um bom tempo
sem problemas (mesmo os que baixavam os olhos e os levantavam não tinham nenhum
incômodo visual).
Um fenômeno
interpretado pelos africanos como um prodígio devido à presença do Papa, mas
que também perturbou a mídia e muitos bispos, até porque, pelo que soubemos,
não foi um fato isolado, mas se repetiu outras vezes ao longo da visita. Dom
René-Marie Ehuzu, Bispo de Porto Novo e Presidente da Comissão Pastoral Social
da Conferência Episcopal de Benim, também responsável pela organização da
visita papal no país, declarou à AGI que “na tarde de sábado, quando o Papa, a
caminho da paróquia de Santa Rita, na periferia de Cotonou, parou para saudar e
abençoar os doentes do hospital localizado nas proximidades, se verificou um
fenômeno semelhante, tanto que os hóspedes do hospital quiseram ir para a
capela para uma oração de agradecimento”. Por todos os três dias da visita —
afirmou o prelado — há testemunho de eventos similares e fotos tiradas com os
celulares de testemunhas, em alguns casos sacerdotes. Pessoalmente não posso
dar uma explicação, mas excluo que se trate de um fenômeno de histeria
coletiva”.
“A lua está agora
muito perto do sol (uma pequena crescente visível antes da alvorada), por isso
é impossível vê-la junto com o sol, isto é, quando ele está alto no céu. Se era
visível, é evidente que a claridade do sol foi temperada, precisamente como
dizem as testemunhas. Há uma clara analogia com os muitos milagres solares
ligados às aparições de Nossa Senhora”, comenta por sua vez um perito no blog
“Amici di Papa Ratzinger” e, na discussão que se abriu, os fiéis italianos
concordam com os seus companheiros na África, outros posts afirmando, de fato,
que se tratou de um milagre: “O Papa trouxe a luz de Cristo”. “Sem a proteção e
a força que vem de Deus, como ele poderia superar estes seis anos e meio de
ataques ferozes?”, se pergunta Laura; e um anônimo comenta: “Jesus nos diz que
o Reino de Deus está entre nós, e não o diz apenas em palavras, mas também
através de sinais e prodígios. Deus, com esta Sua intervenção
divina, nos chama à esperança à conversão”.
Como se sabe, o
“milagre do sol” ocorreu em Fátima na seqüência das aparições marianas e mais
vezes em Roma, em Tre Fontane. Na Cova da Iria, onde rezavam os pastorinhos, em
13 de outubro de 1917 – relatam as crônicas — o sol apareceu como uma
gigantesca roda iridescente, que girava e irradiava cores múltiplas. Ele parou
três vezes e então parecia se destacar do firmamento para se precipitar sobre a
terra. Um fenômeno extraordinário, semelhante ao que ocorreu em Portugal, foi
visto por milhares de fiéis em Tre Fontane em 12 de abril de 1947 e se repetiu
em 1968 e 1980 (enquanto em Fátima uma réplica teria ocorrido no último 13 de
maio). Em Tre Fontane, o disco solar inicialmente se comportou como em Fátima (exceto
o fenômeno de parecer prestes a cair sobre a terra), mas em um segundo momento
tomou a cor de uma hóstia, como se fosse coberto por uma gigantesca hóstia. Uma
nota privada de Pio XII publicada recentemente pelo vaticanista Andrea
Tornielli testemunha um episódio análogo nos jardins do Vaticano, que, em 1950,
foi interpretado pelo Papa Pacelli em seu coração como uma confirmação da
validade do dogma da Assunção de Maria, que estava prestes a proclamar.
Fonte: fratres in unum
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