O direito à vida não deveria
comportar discussões nem seria objeto de polêmicas, pois representa o mais
sagrado direito do homem: o direito de existir. Todos os demais direitos,
direito à saúde, direito à propriedade, direito a ter e criar filhos, direito de
se expressar etc., são decorrentes do direito que tem o homem de nascer. Mas,
porque nos últimos tempos o direito à vida tornou-se objeto de inúmeras
discussões? Por que tanto recurso financeiro destinado a eliminar a vida
nascente? Quais os interesses que se escondem por trás de tudo isso?
O primeiro motivo é o egoísmo dos que tiveram
o direito de nascer e negam esse direito aos demais. O egoísmo levou os países
ricos, que não quererem perder o poder político e a dominação do mundo, a
defenderem a contracepção e o aborto. Por outro lado, o egoísmo dos detentores
da riqueza do mundo, procuram eliminar os que poderiam lhes tirar alguma
parcela. Estes, julgando-se portadores de "sangue puro", descendentes
de uma "raça superior" defendem a tese da não proliferação do que
denominam de "sub-raça" aqui compreendidos os pobres, os negros e
mulatos para usar a expressão de Margareth Sanger, a criadora da IPPF -
International Planned Parenthood Federation, citada por E. Drogin em seu livro
"Margareth Sanger - Arquiteta do Mundo Moderno".
A partir desses princípios vemos, hoje, uma
verdadeira guerra entre os opositores e os defensores do direito à vida. A
existência de fabulosos recursos e do poder político envolvidos nos programas
de eliminação de vidas humanas, encontram explicação na própria origem desses
grupos - os detentores do poder e da riqueza.
Como demonstração do poder político, os
países ricos, conhecidos como países do Primeiro Mundo, não somente injetam
recursos para a implementação de projetos anti-vida, como procuram incentivar e
manipular conferências internacionais com a intenção de pressionar e impor seus
objetivos aos demais países. Assim foi na Conferência do Cairo, na Conferência
de Beijing e na conferência de Istambul (Habitat II). Ainda agora, na
conferência de cúpula da FAO (13-17 de novembro/96), o assunto é objeto de
discussão. Já os grupos privados, utilizando-se dos incentivos fiscais em seus
respectivos países, injetam recursos nos conhecidos projetos anti-vida, que são
executados pelos mesmos agentes encarregados dos projetos de origem política:
governos, fundações e as denominadas ONGs (organizações não governamentais).
Para viabilizar seus projetos e obter a
"colaboração" da sociedade os promotores da "cultura da
morte" usam de pressões, de subterfúgios, meias-verdades e até mesmo de
inverdades. Dessa maneira, muitas pessoas e instituições, não devidamente
informadas, trabalham nos projetos de destruição da vida sem saber. Daí o temor
daqueles grupos na divulgação de informações que levem ao público os
verdadeiros objetivos de seus projetos.
Sem nenhuma dúvida, o melhor trabalho que se
pode fazer em defesa da vida é divulgar informações sobre os projetos,
estratégias e objetivos dos antinatalistas. Alguns exemplos poderão ilustrar
essa afirmação. Na Conferência das Nações Unidas sobre a Mulher, em Pequim,
procuraram defender o aborto como "um direito humano" e que os
governos deveriam fazer valer esse direito. O aborto é sempre mencionado pela
expressão "saúde reprodutiva" que significa, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde, "interrupção da gravidez não desejada",
em outras palavras - aborto a pedido. A própria expressão "planejamento
familiar" era usada antes, com a denominação de "controle da
natalidade". Hoje a expressão planejamento familiar significa
"controle de nascimentos". Expressões como "educação familiar",
"educação para a saúde sexual e reprodutiva" são usadas para
significar "educação sexual".
Professor Humberto L. Vieira
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