domingo, 5 de junho de 2011

Semana dos Namorados: Namorar pra quê? Pra saber se há uma pessoa "feita pra mim"


  É ao mesmo tempo um sonho e uma inquietação... A pessoa que encontrei será mesmo feita para mim? Aquela com quem sonho existirá? E se sim, como a reconhecer?
  Estas questões são quase inevitáveis: quanto mais conhecemos o outro, mais descobrimos as suas qualidades, mas também os seus defeitos. Reparamos também que o compromisso reveste um caráter absoluto, definitivo.
E se tivesse me enganado? E se não fosse ela ou ele? E se a paixão nos cegasse e se uma vez casados nos déssemos conta que tínhamo-nos enganado?
 Ao mesmo tempo, o imaginário tende a criar um modelo ideal do outro: ele ou ela deve ser assim, ter tal aspecto, tal caráter e sobretudo não ter aquele defeito! Muitas vezes, em vez de receber e aprender a conhecer o outro pelo que é, procuramos encontrar nele o ideal que criamos.
  Reconhecer juntos que se é feito um para o outro é dar tempo para se conhecer bem: partilhar em profundidade, aceitar que o outro seja diferente, etc... É bom também colocar juntos certas questões: Seremos capazes de ultrapassar o cinzento do quotidiano? Poderemos juntos ultrapassar as grandes dificuldades da vida? Amaremo-nos o suficiente para suportar os nossos defeitos?
Este reconhecimento conduz a uma escolha que somos capazes de fazer em liberdade: Sim, é com ele, é com ela, que eu quero passar a minha vida, ter filhos, construir uma família. A escolha do outro, que conduz a um compromisso total e definitivo, é então feita na confiança e na esperança.
  Sendo assim, é preciso por vezes saber interromper uma relação, porque se chega à conclusão de que não se é feito um para o outro, que não poderemos ultrapassar a diferença de meio, de cultura ou de idade, divergências de temperamento, uma não aceitação dos limites do outro, etc... é preciso também ter o cuidado de fazer esta escolha sem procurar razões do tipo: "eu queria de qualquer maneira casar e ter filhos", "tudo se arranjará depois de casados", "ele agradava aos meus pais", etc. Ter cuidado também com a pressão social e familiar, com a tendência a idealizar o outro, a sonhá-lo, com a dependência sexual que se instala rapidamente.
  Com efeito, a escolha é uma decisão que compromete toda a nossa vida, a do outro ou a dos filhos que poderiam vir. Por esta razão, podemos dizer que o casamento, se é ponto de partida para a vida em comum, é também o ponto mais alto de uma caminhada a dois no decurso da qual houve o reconhecimento do outro como aquele que foi feito para nós.

Fonte: "1000 questions" 

Um comentário:

  1. Padrezinho
    Será que existe uma pessoa "feita pra mim"?
    Acredito que muitos casamentos que se dissolvem hoje, é por conta desta idealização do parceiro. Não reconhecemos o outro! Só enxergamos o que gostariamos que ele fosse... e quando percebemos o nosso erro, não há mais tempo para interrompermos uma relação que não daria certo! Quantos assumem o matrimônio como uma válvula de escape e não como uma graça, como um sacramento!
    Que bom seria se todos fizessem a escolha com consciência...

    Abraços

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