domingo, 26 de junho de 2011

Homilia do 13° Domingo do Tempo Comum


 O amor de Deus é um bem tão precioso, que se deve levar um tempo necessário para maturá-lo e fazê-lo produzir seus frutos. Ele passa por pequenos e grandes gestos que definem um amor autêntico e duradouro. Somente na ótica desse amor, é que iremos viver de maneira plena e feliz.

  Na leitura primeira que ouvimos, a mulher de Sunam e seu esposo acolhiam, bondosamente, ao profeta Eliseu. O autor sagrado faz questão de ressaltar que era um casal de posses; isto nos indica também que era um casal justo, que buscava a retidão em Deus, pois não se escravizavam pelos bens, mas os administrava com caridade. A acolhida que davam ao profeta era antes um sinal de que acolhiam a Palavra de salvação proferida por Eliseu, isto é, porque antes acolheram a Deus, agora podem acolher a todos, em nome de Deus. E esta acolhida da Palavra de Deus tornará o casal capaz de produzir frutos de Deus, de vida nova – simbolizados pela fecundidade do casal anunciada pelo profeta.
  Em nós não poderá ser diferente! Ao acolhermos a Deus e sua Palavra, nos tornaremos fecundos em bons frutos. Ao amarmos a Deus, aprenderemos a amar aos homens; se, porém, não amarmos profundamente a Deus, nunca saberemos o que é o amor humano e nos perderemos em falsas concepções do que é amar. E como chegaremos a tal amor? Como poderemos aprender a acolher o diferente de nós? São Paulo nos deu uma pista: “Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com Ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova.” É enraizados em Cristo, pelo batismo, que nos tornaremos fortes para fazer o bem, para levar uma vida tecida pelo poder de Deus.
  Nesta escola de aprendizado do despojamento, da acolhida e do amor sem reservas encontraremos, certamente, um caminho árduo e exigente. Nesta via, o amor de Deus deve ser o primeiro. Será ele que nos dará o discernimento de todos os outros amores. Disse Nosso Senhor: “Quem ama seu pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.” Fortes palavras as de Jesus: “não é digno de mim.” Para levarmos o nome santo de “cristãos”, não podemos fazer diferente do que Cristo fez. O caminho não é fácil, mas se não abraçarmos as contrariedades da vida, as demoras de Deus ou as frustrações da existência tendo sempre diante dos olhos a Divina Providência, então tudo será peso e tristeza... Mas se enfrentarmos todas as coisas difíceis e ruins com olhos espirituais, então nosso amor estará amadurecido e dará, a seu tempo, seus frutos benditos.
  Queira, irmãos, que abracemos, sem medo, estas condições para seguir o Senhor como verdadeiros discípulos seus: acolher a Palavra e dar frutos a partir dela; dar a Deus a primazia devida; tomar a cruz, isto é, tê-la como instrumento de santificação e salvação e acolher a todos, com a mesma caridade de Cristo. Que o exemplo do Senhor nos inspire e nos faça agir. Amém.

2 comentários:

  1. Padrezinho
    Ser digno de Jesus e de sua Paixão e Cruz...
    Tomar a nossa cruz e seguir o Mestre...
    Peçamos a Deus esta graça!
    Que Ele nos conceda a cada dia o auxilío necessário pela ação do seu Santo Espírito!
    Amém!

    Abraços

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  2. Padre nós peregrinos aqui na terra
    precisamos estar unidos ao Corpo de
    Cristo!Reze por nós e nos oriente para
    que nós membros não venha a nos perder
    do Corpo (O Messias, O Cristo, O Ungido,
    O Santo, O Sagrado, O Senhor, O Onipotente,
    etc....
    Escutar estas palavras em sua homília, é um
    momento de grande e profunda reflexão para o
    povo de Deus!
    Obrigado!
    Coragem, siga em frente!

    De sua para sempre amiga: Sandra

    "A sua bênção"

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