terça-feira, 10 de maio de 2011

Estados Unidos e Brasil e uma questão de fé

  Apesar da tradição dos Estados Unidos ser neoprotestante e o catolicismo ter sido bem combatido por lá durante muito tempo, parece que de uns anos para cá a realidade tem mudado; sabemos daquele velho adágio: “há males que vem para o bem”, parece exatamente o que tem acontecido na “Terra do tio Sam”, depois da Igreja ter sido tão perseguida e sacudida pelos abomináveis e vergonhosos casos de pedofilia, houve um fortalecimento do catolicismo e um despertar para a fé católica nos últimos anos.

  Vejo a ligação clara entre “martírio” e “fé”; nos lugares onde há perseguições, em circunstâncias não pródigas ao cristianismo, parece haver uma depuração dos costumes e, consequentemente, um fortalecimento da fé. É claro que não é agradável o “derramamento” de sangue nem o sofrimento por qualquer causa, mas é justamente por esse sofrimento não querido, mas aceito, que pode nos vir a graça e o vigor da fé. Não quero ser profeta, nem quero assustar a ninguém, mas aqui no Brasil deveremos passar pelo martírio em pouco tempo... Diante de tudo o que temos assistido nos diversos níveis sociais e políticos, a Igreja ficará quase sozinha para bradar o Evangelho. Sim, seremos perseguidos! Mas então se verá um novo católico, não influenciado pelo “jeitinho brasileiro”, mas fiel ao seu Senhor e pronto para dar testemunho d’Ele.
  Pelo que sei em conversas e pesquisas, os católicos dos Estados Unidos são bem combatentes; os que se converteram ao catolicismo mostram sua conversão, outros pagam e produzem programas em TV para falarem de religião, outros escrevem livros onde combatem as ideologias do ateísmo e do agnosticismo, outros ainda, vão para as portas das clínicas de aborto oficiais e protestam – mesmo correndo risco de serem presos... Graças a estes americanos de escol, o catolicismo nos Estados unidos tem prosperado.
  Em todo o mundo ficaram famosas as conversões de Scott Hann, Paul Thigpen, Marcus Grodi, Steve Wood, Bop Sungenis, Julie Swenson, Dave Amstrong, David B. Currie, Tom Howard, Peter Kreeft, Douglas Bogart, Alan Stephen Hopes, Francis Beckwith, dentre outros, sem falar dos anglicanos do Reino Unido que passaram há pouco para a Igreja Católica e que foram acolhidos num Ordinariato próprio. Todos nossos irmãos que estudaram a fundo as raízes cristãs e que não puderam continuar num outro caminho...
  Segundo últimas pesquisas do Atlas Global do Cristianismo, o número de católicos aumentou de maneira tão expressiva que, proporcionalmente, os Estados Unidos já são o quarto país com mais católicos no mundo, atrás apenas do Brasil (?), México e Filipinas. Ainda segundo um estudo elaborado pelo Instituto Catarina de Siena, dos Estados Unidos e baseado no Atlas, o protestantismo recuou de 65% em 1910 para 25% em 2010, enquanto que os católicos passaram de 22% em 1910 para 35% no ano passado. Os católicos não são a maioria, ainda existem mais de 31% de cristãos independentes e outros tantos por cento que professam outra fé, mas podemos dizer, com certeza, que os tempos do catolicismo americano são outros e melhores. Ficamos na expectativa da melhoria do catolicismo brasileiro! Quantos “batizados” na Igreja e quantos relaxados na prática da fé...

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