Por que, então, a Igreja é
necessária para a salvação do homem? A Igreja peregrina é necessária para a
salvação, pois Cristo é o único Mediador e o caminho de salvação, presente a
nós em seu Corpo, que é a Igreja» (Lumen gentium, 14).
Seguindo a Dominus Iesus, esta não se
contrapõe à vontade salvífica universal de Deus; portanto, «é necessário, pois,
manter unidas estas duas verdades, ou seja, a possibilidade real da salvação em
Cristo para todos os homens e a necessidade da Igreja em ordem a esta mesma
salvação» (Redemptoris missio, 9). Para aqueles que não são formal e
visivelmente membros da Igreja, «a salvação de Cristo é acessível em virtude da
graça que, até tendo uma misteriosa relação com a Igreja, não lhes introduz
formalmente nela, mas sim os ilumina de maneira adequada em sua situação
interior e ambiental. Esta graça provém de Cristo; é fruto de seu sacrifício e
é comunicada pelo Espírito Santo» (ibid, 10).
Certamente, as diferentes tradições
religiosas contêm e oferecem elementos de religiosidade, que formam parte de
«tudo o que o Espírito obra nos homens e na história dos povos, assim como nas
culturas e religiões» (Redemptoris missio, 29). A elas, entretanto, não lhes
pode atribuir uma origem divina nenhuma eficácia salvífica ex opere operato,
que é própria dos sacramentos cristãos. Por outro lado, não se pode ignorar que
outros ritos não cristãos, assim que dependem de superstições ou de outros
enganos (cf. 1 Cor 10, 20-21), constituem mas bem um obstáculo para a salvação.
Neste sentido, a Dominus Iesus é bastante
clara quando afirma que com a vinda de Jesus Cristo Salvador, Deus estabeleceu
à Igreja para a salvação de todos os homens. Esta verdade de fé não tira o fato
de que a Igreja considera as religiões do mundo com sincero respeito, mas ao
mesmo tempo exclui essa mentalidade de indiferença «marcada por um relativismo
religioso que termina por pensar que "uma religião é tão boa como
outra"» (Redemptoris missio, 36). Como exigência do amor a todos os
homens, a Igreja «anuncia e tem a obrigação de anunciar constantemente a
Cristo, que é "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6), em quem os
homens encontram a plenitude da vida religiosa e em quem Deus reconciliou
consigo todas as coisas» (Nostra aetate, 2).
Fonte: ACI Digital
Fonte: ACI Digital
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