O primeiro a registrar os
seus números foi o vaticanista do jornal Il Foglio, Paolo Rodari,
que, no seu blog Palazzo Apostolico, lançou a primeira miniclassificação,
posteriormente republicada por várias mídias. Existem cardeais no Twitter.
São poucos – cinco – mas existem. E, entre eles, são dois italianos, Ravasi e Scola.
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada no sítio Vatican
Insider, 05-12-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Em primeiro lugar, encontra-se o
arcebispo de São Paulo, no Brasil, o cardeal Odilo Scherer [@DomOdiloScherer], que tem 7.566
seguidores, ou seja, pessoas que seguem os seus tuítes. Logo depois, embora com
a metade dos seguidores, localiza-se o cardeal Gianfranco Ravasi [@CardRavasi],
que se apresenta no Twitter como "Padre e Cardeal, Presidente do
Pontifício Conselho para a Cultura", e conta hoje com 3.453 seguidores.
Seu tuíte mais recente foi a publicação desta frase de Alfredo Oriani dedicada
a Jesus: "Crentes ou incrédulos, ninguém pode escapar do encontra dessa
figura".
Em terceiro lugar, encontramos o
cardeal arcebispo de Boston, Sean Patrick O'Malley [@CardinalSean],
com 1.993 seguidores. Na quarta posição, está o arcebispo de Milão, Angelo
Scola [@angeloscola], com 1.387 seguidores. A sua
última mensagem, neste domingo, foi: "Esta é a nossa vida: testemunhar o
que vimos e ouvimos".
Fecha a classificação cardeal Wilfrid
Fox Napier [@CardinalNapier], arcebispo de Durban,
com 335 seguidores. Jean-Louis de La Vaissière, correspondente da France
Presse (AFP) no Vaticano, divulgou as palavras de Richard Rouse,
um leigo que trabalha no Pontifício Conselho para a Cultura, segundo o
qual fazer ecoar a voz da Igreja através dos blogs e do Twitter é
indispensável, mas delicado: "Não podemos nos contentar em ficar à margem
olhando, mas também não podemos nos tornar viciados em redes que aparecem,
crescem e depois desaparecem".
O beato Giacomo Alberiore,
fundador dos paulinos, gostava de repetir uma frase do bispo Von Kettler: "Se São
Paulo voltasse hoje, seria jornalista". Lembrando-a, no dia seguinte à sua
eleição, no primeiro encontro com a imprensa,João Paulo I citou essa
frase, publicada também pelo cardeal Mercier, lembrando que Pierre
L'Hermite, do jornal La Croix, de Paris, respondeu: "Oh, não,
Eminência! Se São Paulo viesse, não seria apenas jornalista. Seria também
diretor da Reuters". "Mas – concluiu o Papa Luciani –
eu acrescento hoje não só diretor da Reuters. Hoje, São Paulo iria talvez ao
encontro de Paolo Grassi [ex-presidente da RAI] para lhe pedir
um pouco de espaço na televisão ou na NBC".
Trinta e três anos depois, essa
brincadeira deve ser obviamente atualizada: hoje, São Paulo teria um
blog próprio, estaria no Facebook e tuitaria várias vezes ao dia. E
também podemos imaginar que ele seria imbatível, até mesmo quanto ao número de
"seguidores"...
E viva os meios de comunicação!!! \ooo/
ResponderExcluirContudo, é bem verdade, q as "redes aparecem, crescem e depois desaparecem". Vejamos o orkut? Era febree... Mas hj. quase ninguém o acessa mais.. tadinho, nem foi citado no texto... =/