Queridos filhos, tradicionalmente
o Mês de Outubro é dedicado às Missões e ao Rosário; a missão é de todos nós:
anunciar com amor e prontidão o reino de Jesus, em palavras e obras. Já o
terço, é uma das formas de oração mais conhecidas e rezadas em todo o mundo,
canal de graça pessoal e para toda a Igreja. Neste mês, aprofundemos nosso
dever de sermos missionários e sejamos fiéis à oração do terço. Agora meditemos
sobre a Liturgia de hoje.
Neste Domingo, Nosso Senhor nos propõe a
perceber o modo como O acolhemos ou O rejeitamos; Deus sempre nos visita, todos
os dias, mas nem sempre O trazemos para dentro de nossa vida, nem sempre O
escutamos, nem sempre O seguimos. O resultado é trágico: quando retiramos Deus
de tudo o que fazemos, só resta a fadiga, a tristeza e a confusão.
Na primeira leitura, o profeta Isaías nos
apresentou a história de uma vinha plantada com amor, protegida por seu dono,
podada com muito cuidado e cheia de tantas esperanças. A vinha do Senhor, nos
mostrou Isaías, é o seu povo. E esperava-se que pelo carinho com que era
cuidada, produzisse muitos frutos bons, no entanto ela produziu uvas selvagens...
O Senhor que nos ama e nos quer bem, também espera de nós hoje frutos de amor,
de verdade, de caridade, de respeito, de delicadeza... mas quantas vezes
produzimos apenas azedume: intrigas, ódio, ciúmes, invejas, brigas. Somos a
vinha do Senhor, mas não nos comportamos como vinha de Deus.
Partindo desse texto de Isaías, Jesus no
Evangelho de hoje nos conta a parábola dos vinhateiros homicidas. Os
vinhateiros, além do fato de se apropriarem injustamente da colheita, tornaram-se
homicidas: espancaram, apedrejaram e mataram, não somente os enviados do
patrão, mas até mesmo seu filho. Aqui, já percebemos o que Jesus deseja falar
aos chefes dos judeus: O Filho de Deus foi enviado, e será morto de modo
violento; o Filho de Deus foi visitar o seu povo, a sua vinha, mas os seus não
O receberam. A Pedra angular, a pedra que não pode faltar à construção foi lançada
fora. A rejeição a Jesus e à sua Palavra não ficou na história passada de
Israel, mas existe ainda hoje. E não só os que combatem o cristianismo rejeitam
a verdade de Cristo, mas hoje até cristãos rejeitam o próprio Cristo quando,
segundo os seus pensamentos e critérios, escolhem ou jogam fora o que querem da
fé e da Igreja. Católicos que aceitam o Deus justo, mas fazem injustiça; que
acreditam no Deus bom, mas fazem maldades; católicos que louvam o Deus
misericordioso, mas que guardam rancor e mágoa em seus corações; católicos que
agradecem o dom de suas vidas, mas são a favor do aborto; que imploram de Deus
a fidelidade às suas promessas, mas que não correspondem à fidelidade em suas
vidas...
No entanto, apesar de tudo isso, o amor de
Deus pelo seu povo continua a superar qualquer maldade humana. Deus, que
visitou a nossa história, continua a nos visitar; se existe os que rejeitam a
Deus, existem também os que acolhem Deus. A esses o Senhor continua a se dar; somente
esses, os que O aceitam e permanecem Nele, podem dar muitos e belos frutos,
porque sem Deus nada podemos fazer. Tudo por Ele começa e tudo por Ele se
conclui.
Que o nosso comportamento seja como nos pediu
São Paulo: verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, tudo o que é
virtude ou de qualquer modo mereça louvor. Que sejamos, de fato, a vinha que o
Senhor deseja.
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