sábado, 27 de agosto de 2011

Qual é o seu signo?


  As perguntas sobre o futuro sempre inquietaram o homem, trazendo ora ansiedade, ora desconforto. A pergunta sobre o que vamos fazer da nossa vida é sempre uma dúvida constante, sobretudo nos mais jovens. O recurso à astrologia, aos videntes, à numerologia, aos mapas astrais, etc., pode parecer uma boa saída para o nosso coração; todas essas coisas e métodos podem parecer uma espécie de antídoto contra o medo do futuro. Será que elas são verdadeiras? Poderíamos nos confiar a elas? Tais respostas têm bases racionais?

  Vejamos, por exemplo, a astrologia. Seus adeptos querem ligá-la à astronomia, esta sim uma disciplina científica; a astronomia é o estudo dos astros, de sua formação e de como influenciam as leis da natureza, assim como suas relações com a química e a física. Já a astrologia é considerada como pseudo-astronomia, uma superstição e até mesmo uma fraude: os dados que ela utiliza normalmente são estritamente pessoais, variando de astrólogo para astrólogo. Faça você mesmo a experiência: tome, pelo menos, três jornais do dia e compare o “seu” signo; certamente encontrará três versões e algumas até contraditórias, o que ainda será muito engraçado... Mesmo que as versões fossem levemente parecidas, sabemos também que a posição dos signos do zodíaco varia pouco a pouco, relativamente ao eixo da Terra. Sendo assim, como nossa vida mudaria todos os dias, por mínimas mudanças dos astros? Mais: toda a interpretação se faz em função de um referencial. Ora sabemos que existem várias escolas, interpretando os dados astrológicos de maneiras diferentes; por que razão dar mais crédito a uma e não escolher a outra? Podemos mesmo desconfiar que a interpretação se aproxima da adivinhação...
  Poderemos ainda dizer que as previsões da astrologia acertam com relação a esta ou aquela pessoa... Num número considerável de "previsões", não é impossível que uma ou outra pessoa acabe dando crédito porque “deu certo”... Um olhar mais atento sobre o assunto nos fará ver que não se trata tanto de “vidência”, mas simplesmente de um pouco de psicologia aplicada.
  Outra coisa a estar atento é a diversidade e individualidade das pessoas. Não se pode dizer que alguém terá o mesmo “destino” porque nasceu no mesmo ano, no mesmo dia e na mesma hora. Cada pessoa faz suas opções na vida, isto é, tem sua liberdade e não serão astros a ditar o rumo de sua existência.
  É compreensível que quando não sabemos o que decidir ou diante das incertezas do presente – principalmente quando há problemas, haja medo do amanhã; mas em vez de perdermos tempo com questões secundárias, não valerá mais a pena enfrentar as verdadeiras questões da nossa vida? Não valerá mais fazer tudo o que está ao nosso alcance e confiar tudo o mais à divina Providência? Às vezes, as únicas coisas que nos permitirão avançar na vida serão a nossa fé e a nossa liberdade. Trabalhemos no presente, rezemos pelo nosso futuro, confiemo-nos ao Senhor. Somos mais que os astros; fomos criados à imagem e semelhança de Deus. O único que poderá influir em nosso destino é o próprio Deus e não outras coisas criadas. Mas mesmo assim, Ele apenas nos conduz, não nos sufoca nem tira nossa liberdade.
  O único signo do cristão é Cristo! É por este signo, isto é, por este sinal que ganhamos a vida, o amor e a alegria. É por este sinal que fomos salvos e por Ele mesmo continuamos a ser redimidos de nossas faltas. É por este signo que nos fortalecemos para vencer o mal, para adquirir discernimento e agir conforme nossa consciência e nossa vontade. Quem está debaixo deste signo não é oprimido pelo “destino pré-determinado”, mas constrói seu futuro com determinação, com paciência e com esperança.

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