sábado, 2 de julho de 2011

Festa do Imaculado Coração de Maria


  Não podemos separar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus da devoção ao Imaculado Coração de Maria. A devoção ao Imaculado Coração de Maria não é nova na Igreja porque tem as suas raízes mais profundas no Evangelho que muitas vezes faz referências ao Coração da Mãe de Deus: “Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as  no seu Coração”. (Lc.2,19); “Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua Mãe guardava todas estas coisas no seu Coração”. (ibidem 2,51).

  Os Santos Padres, os místicos da Idade Média, os Teólogos e os Ascetas dos séculos seguintes, foram todos grandes devotos do Coração de Maria, como do Coração de Jesus. Mas foi sobretudo São João Eudes (1601-168O), o grande promotor do culto litúrgico que se devia tornar em devoção e patrimônio comum dos fiéis, o qual "movido do grande amor que o inflamava, para com os Corações de Jesus e Maria, foi o primeiro que, não sem divina  inspiração, pensou em tributar-lhes culto litúrgico. 
   O Santo, já em 1643, vinte anos antes de se celebrar a festa do Coração de Jesus, celebrava com os seus religiosos a do Coração de Maria.  Esta festa tornou-se pública em 1648, entrando assim na liturgia comum, e a partir daí, muitos bispos autorizaram nas próprias dioceses o oculto do Coração de Maria.
    Os dois atos mais  importantes da Santa Sé em favor do Imaculado Coração de Maria foram :
     * A disposição de Pio VII (1805), que a festa se pudesse conceder às Dioceses e Institutos Religiosos que a pedissem;
    * A Missa e Ofício próprios aprovados por Pio IX (1855), mas apenas para alguns lugares.                
    Foi sobretudo a partir  das Aparições de Fátima que se divulgou por todo o mundo a devoção ao  Imaculado Coração de Maria, pois,  como escreveu o Cardeal Cerejeira:"A missão especial de Fátima é a difusão no mundo do culto ao Imaculado Coração de Maria. À medida que a perspectiva do tempo nos permitir julgar melhor os acontecimentos de que fomos testemunhas, estou certo que melhor se verá que Fátima será, para o  culto do Coração de Maria, o que Paray-le-Monial foi para o Coração o de Jesus". (8-9-1946).
    Os desígnios misericordiosos de Deus começam a manifestar-se nas Aparições de Junho e sobretudo de Julho de 1917, na Cova da Iria, e tiveram o seu magnífico Epílogo em Espanha, nas visões de 1925 e 1926 em Pontevedra, e em 1927 e 1929 em Tuy. Em Fátima, no dia 13 de Junho manifesta-se o Coração de Maria circundado de espinhos,  pedindo reparação, enquanto a Senhora pronuncia estas palavras : "Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração".
   Na Aparição de Julho, os destinos do mundo e das almas aparecem dependentes do Coração Imaculado de Maria, segundo o que foi revelado na visão do Inferno: “Vistes o Inferno,  para onde vão as almas dos pobres  pecadores. Para as salvar,  Deus quer estabelecer no mundo a devoção  ao meu Imaculado Coração.   Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão a paz. A guerra vai acabar, mas, se não  deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida,  sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo  de seus crimes por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir, virei pedir a consagração da  Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz. Se não, espalhará os seus erros pelo mundo promovendo guerras e perseguições à igreja; os bons serão martirizados; o Santo Padre terá muito que sofrer; várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Coração Imaculado triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz”.

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