quarta-feira, 8 de junho de 2011

Semana dos Namorados: Namorar pra quê? Pra planejar uma vida comum


  Quando alguém se apaixona, lança-se num momento de poesia e sonho e isso é lindo! No entanto, para que a paixão vire amor e este permaneça para além do “frisson” inicial do encontro será necessário traçar metas concretas; namoros que se prolongam sem fundamentos e sem ideais comuns tendem, a longo, mostrarem conseqüências danosas evidentes. Quando há falha na base fundamental do casamento, isto é, quando falta um projeto comum, temos apenas critérios pessoais, a vontade de um e de outro e brigas, muitas brigas...

  Em todo namoro deve haver uma preocupação recorrente: o que queremos juntos? O que faremos juntos? É decisivo na relação ter idéias claras do que se quer para o futuro. Afinal, quem mais te acompanhará na vida do que o seu(sua) amado(a)? Para estar juntos e permanecer juntos tem que haver projetos comuns; quando as crenças são muito diferentes e os objetivos bem diversos, acabam surgindo muitas desavenças e o resultado final nunca é muito agradável. Aquilo que não se cobrava antes, agora vira exigência...
  Muitas vezes as pessoas acham que, estando juntas e apaixonadas, tudo irá mudar e ser superado, que tudo será diferente e que as disparidades serão resolvidas sem conflitos. Pensam que o tempo resolverá tudo e que os problemas de relacionamento ou os desvios de caráter serão minimizados... Engano! Aos problemas que existem, se vão somando outros tantos derivados! Desde o tempo do namoro, o casal deve fazer a experiência do diálogo. Não se pode ter boa convivência com alguém que não admite conversar e refletir sobre certos assuntos; se você “pula” os famosos “assuntos sérios”, tenha certeza de que eles voltarão, tornando a vida a dois num verdadeiro “campo minado”, onde se evitam temas e questões importantes sob o pretexto de “não magoar” ou “para não brigar”... A bomba não estourou, mas estará lá, até que se desarme ou exploda!
  Numa sociedade materialista e artificial, hedonista (busca do prazer pelo prazer) e baseada no relativo (o que se acha é a verdade), a solução dolorosa para os conflitos será sempre a mais fácil: desistir. Desistir do namoro, do noivado e até do casamento... “Não me sinto mais feliz”, “Não sinto mais prazer”, “Não amo mais essa pessoa”, “Não reconheço mais a pessoa que amei” são expressões que se repetem hoje em dia... A vida comum não vem pronta, precisa ser construída, inventada, definida. As dificuldades devem ser superadas e não escondidas ou potencializadas; se não se vence um obstáculo, o que vem depois parece maior ainda. Infelizmente nossa sociedade tem produzido jovens imaturos afetivamente e socialmente, porque não conseguem mais superar as contradições da vida.

Um comentário:

  1. Padre, muito obrigado por esta "Semana dos namorados"! Estou gostando bastante e passando as informações à frente. Atualmente não estou namorando, mas quando acontecer vou seguir as suas recomendações. Tenho certeza que meu próximo relacionamento será bem melhor! Raphael Dias, Fortaleza

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