Ontem, 1º de maio, teve início o mês de Maria, mãe de Jesus e nossa. Foi realizado um terço em sua homenagem em nossa igreja-matriz, às 18h, com a presença de vários legionários e do Pe. Sérgio. A Virgem Maria deve ser nosso mais profundo exemplo, vejamos por que:
As referências dos Evangelhos e do Atos dos Apóstolos feitas
a Virgem Maria, Mãe de Jesus, apesar de poucas, representam muito desta
privilegiada criatura escolhida por Deus. São Paulo, na Carta aos Gálatas
(4,4), dá a entender claramente que, no pensamento divino de nos enviar o seu
Filho, quando os tempos estivessem maduros, uma Mulher era predestinada a
gerar.
Para se perceber melhor o perfil materno de Nossa Senhora,
três passagens bíblicas podem esclarecer. A primeira é a das Bodas de Caná, que
realça a intercessora. Quando percebeu – o olhar feminino que tudo vê e tudo
observa – estar faltando vinho, sussurra no ouvido do Filho sua preocupação e
obtém, quase sem pedir, apenas sugerindo, o milagre da transformação da água em
generoso vinho. Ela é de fato a mãe que se interessa pelos filhos de Deus que
são seus filhos.
A segunda passagem do Evangelho esclarecedora da
personalidade de Maria é a que nos mostra seu silêncio e sua humildade. O anjo
a encontra na quietude de sua casa, rezando, para dizer-lhe que fora escolhida
por Deus para dar ao mundo o Emanuel, o Salvador. Ela se surpreende com a
mensagem celeste, porque, na sua humildade, nunca poderia ter pensado em ser
escolhida do Altíssimo. Acolhe assim, por vontade divina, a palavra do
mensageiro, silenciosamente, sem dizer, nem sequer ao noivo José, o que nela se
realizava. Deus tem o direito de escolher e por isto Ela diz apenas o generoso
“sim” que a tornou Mãe de Deus.
O terceiro traço de Maria-Mãe é sua corajosa atitude diante
do sofrimento. Ao apresentar o seu Jesus no templo, ouve a assustadora profecia
do velho Simeão: “uma espada de dor transpassará a tua alma”. Pouco mais tarde,
estreitando ao peito o Menino Jesus, deve fugir para o Egito com o esposo, para
que a crueldade de Herodes não atingisse a Criança que – pensava ele, Herodes –
lhe poderia roubar o trono. Quando seu filho tem doze anos, desencontra-se dele
e, ao achá-lo após três dias, queixa-se amorosamente: “por que fizeste isto? Eu
e teu pai te procurávamos, aflitos”. Sua coragem se confirma na paixão e
crucifixão de Jesus. De pé, ali no Calvário, sofre e associa-se ao sacrifício
do redentor. É a mulher forte, a mãe corajosa e firme, a quem a dor não
derruba. De fato, a espada de Simeão lhe atravessara a alma e o coração. É a
Senhora das Dores.
Maio também é o mês de Nossa Senhora de Fátima, quando aos
13 de maio em Portugal, Nossa Senhora apareceu aos Pastorinhos de Fátima
pedindo oração e sacrifício pela conversão do mundo.
Maio é então o mês a Ela dedicado pela piedade cristã, é um
convite para voltarmos nosso olhar a esta Mãe querida para pedir-Lhe, abra as
mãos maternas em Bênção de carinho sobre nossos passos nesta difícil escalada
da Jerusalém celeste.
Fonte: Arquidiocese de Niterói e CNBB
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