O ano litúrgico começa com o
Tempo do Advento: tempo maravilhoso em que despertamos os nossos corações para o
retorno esperado de Cristo e para a memória de sua primeira vinda, quando
despojado de sua glória divina para assumir a nossa carne mortal.
"Vigiai". Este é o chamado de
Jesus no Evangelho de hoje. Dirige-se não só aos seus discípulos, mas para
todos: "Vigiai!". É uma recordação salutar para nos lembrar de que
a vida não é apenas a dimensão terrena, mas está ansiosa por um "bem",
aberta para o céu. (...) cada um de nós será chamado a prestar contas de como
viveu, como usou suas habilidades (...).
Isaías, o profeta do Advento, recordou-nos
hoje, com uma oração sincera, as falhas do seu povo e em um ponto diz:
"Ninguém chamou o seu nome, ninguém (...), porque escondeste Seu rosto de
nós, colocou em nossas mãos nossas iniquidades". Como não ficar
impressionado com essa descrição? Parece refletir certos pontos de vista
das cidades pós-modernas, onde a vida se torna anônima e horizontal, em que
Deus parece ausente e o homem senhor de si, como se fosse o criador e diretor
de tudo: da construção, do emprego, economia, transportes, ciência, da tecnologia,
tudo parece depender somente do homem. O tempo do Advento é um lembrete de que
a cada ano, a nossa vida encontra a sua orientação correta para o rosto de Deus;
Ele não é um "mestre", mas um Pai e um amigo. Com a Virgem Maria para
nos guiar no caminho do Advento, façamos nossas as palavras do profeta: "Senhor,
tu és nosso Pai, somos barro e tu o que nos molda, todos nós somos obras das
tuas mãos" (Isaías 64,7).
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