Capas, declarações e emoção marcaram o grande Jubileu de nosso Arcebispo Dom Alano, ontem no Ginásio Salesianos, em Niterói. Numerosa multidão tomou conta do Ginásio, saudando e demonstrando seu amor e reverência para com o Arcebispo. Também numerosos bispos, sacerdotes e diáconos acorreram à Santa Rosa para rezar e agradecer pela vida e ministério do atuante Arcebispo de Niterói.
A celebração começou com um pouco de atraso, mas mal a procissão de entrada tomava espaço no Ginásio e percebíamos a alegria e o fervor de todos os participantes do evento. O calor e as desconfortáveis arquibancadas não tiraram a satisfação dos fiéis por aquele momento marcante para a Igreja de Niterói.
Após o canto da Marcha da Igreja e a Procissão de Entrada, o Revmo. Sr. Pe. Carmine Pascale, Vigário Episcopal do Vicariato Niterói, leu a belíssima carta que Sua Santidade, o Papa Bento XVI, enviou a Dom Alano pela ocasião de seu Jubileu áureo. O Papa, pessoalmente, escreveu e assinou a missiva quando estava em Castel Gandolfo, em Agosto/Setembro deste ano. Logo após a Missa continuou normalmente.
A primeira leitura foi feita pela Sra. Ederci, funcionária mais antiga da Mitra arquidiocesana. O salmo cantado por um membro do Coral Arquidiocesano que, durante a cerimônia, executou obras de Perosi, Villa-Lobos, Mozart e populares católicas. O coral fez uma bela apresentação, mas foi prejudicado por problemas no som; já o organista, se perdeu em alguns momentos, dando entradas ou tendo lapsos de silêncio indevidos.
A belíssima homilia foi feita por S.E.R. Dom Filippo Santoro, Bispo Diocesano de Petrópolis. Dom Filippo uniu, de maneira magistral, a origem e a Festa de Nossa Senhora do Rosário com a vocação e o fecundo ministério de Dom Alano quando frade dominicano, Prelado e Bispo no Marabá (PA), Bispo de Itapeva (SP) e depois de Nova Friburgo (RJ) e atualmente como Arcebispo de Niterói (RJ). Para Dom Filippo, o segredo das grandes obras do jubilado está em sua disponibilidade para o serviço e em sua entrega a Maria, a quem tomou de maneira especial em seu próprio nome. O Bispo de Petrópolis ressaltou que no mundo atual há uma nova guerra, como aquela de Lepanto, não mais apenas contra as perseguições por parte de muitos islâmicos, mas sobretudo contra a ditadura do relativismo e da ausência de verdadeira fé. Dom Filippo terminou sua homilia dizendo que, apesar das fraquezas que Dom Alano possa ter, por sua natureza humana, nada disso ofuscou seu trabalho missionário e apostólico, fazendo do Arcebispo de Niterói um verdadeiro exemplo de Bom Pastor.
As preces foram feitas por Ir. Petrúcia, uma freira da Congregação do Bom Conselho que trabalha há anos com Dom Alano, em sua residência episcopal. Na procissão das ofertas, ofereceram ao Arcebispo um quadro esculpido em madeira - vindo da Igreja irmã de Porto Velho e um cálice solene, presente da Arquidiocese.
No Cânon Romano (Oração Eucarística) foi o 1° Concelebrante S.E.R. Dom Orani João Tempesta, Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro; o 2° Concelebrante S.E.R. Dom Filippo Santoro, Bispo de Petrópolis; o 3° Concelebrante S.E.R. Dom João Maria Messi, Bispo Emérito de Barra do Piraí-Volta Redonda e o 4° Concelebrante S.E.R. Dom Paulo César, Bispo Auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Após a Oração Pós Comunhão vieram os agradecimentos a Dom Alano. O primeiro a discursar foi S.E.R. Dom Roberto Ferrería, ex-Auxiliar de Niterói e atual Bispo de Campos, representando os Bispos do Regional Leste 1; o segundo foi um representante do Governo Municipal que decretou, a mandado do Prefeito, o recebimento da Comenda Ordem da Cruz para Dom Alano. O terceiro a falar, de maneira emocionada e pessoal, foi o irmão mais velho de Dom Alano que contou toda a trajetória do Arcebispo, desde sua infância e a influência de sua terna e piedosa mãe. Logo após foi a vez de uma jovem, vinda do Canadá, representado os amigos canadenses do jubilado; falando em português, a jovem emocionou também a muitos. Por fim, representando o clero de Niterói e seus fiéis leigos, falou o Revmo. Sr. Mons. Luís Gonzaga, Mestre de Cerimônias de Sua Excelência. Monsenhor Luís, de maneira informal, agradeceu a Dom Alano seu "sim" incondicional e revelou a todos qual o segredo de tantas obras em tão pouco tempo, feitas pelo Arcebispo de Niterói: a oração e a entrega a Nossa Senhora!
Dom Alano, claro, também agradeceu. Fez menção especial aos seus pais e ao seu Bispo sagrante, já falecidos. Agradeceu à família, aos Bispos presentes e aos lugares pelos quais passou, em particular, Conceição do Araguaia que, segundo ele, foi sua escola de como falar o Evangelho de maneira simples aos simples. Neste momento houve um apagão e um pouco de alvoroço. A energia logo voltou e o Arcebispo pediu tranquilidade, pois já sabia que isso poderia acontecer. Dom Alano se disse profundamente agradecido a Deus e à sua misericórdia pois, apesar de suas fraquezas, Deus e só Ele, agiu com força e poder. Para o Arcebispo nada que do fez ou conseguiu nestes tantos anos foi fruto de suas qualidades ou méritos, mas de Jesus, o grande Senhor de nossas vidas.
Chamava a atenção de todos o uso de capas pluviais pelos seminaristas Alessandro, Ângelo, Júlio César e Humberto. O "usus antiquior" (uso antigo) de capas nos ajudantes da Celebração foram feitos, ontem, pela primeira vez no Rito de Paulo VI, aqui em Niterói. Não sabemos se a moda vai pegar, mas causou frisson.
Vejam algumas fotos da Celebração de ontem.
Queria mt ter ido, mais neste dia eu tive seminário de Filosofia, e não pude faltar aula para prestigiar este momento marcante na vida de Dom Alano.Dom Alano é um homem, de mt sabedoria e de mto amor a Deus, que por onde ele passa, com sua calma e tranquilidade, nos mostra o verdadeiro amor do Divino Pai. Que Deus te ilunime sempre pra fazer o bem a tantas pessoas. Deve ter sido mt lindo!!! Lá é mt bom de atuar,mt legal atuar em uma basílica.... Bjs!!!
ResponderExcluirÉ com uma lamentável surpresa e estado de total consternação que tomo conhecimento deste breve e curto comentário feito pelo senhor acerca da qualidade da minha atuação na missa solene.
ResponderExcluirO senhor diz que: “O coral fez uma bela apresentação, mas foi prejudicado por problemas no som; já o organista, se perdeu em alguns momentos, dando entradas ou tendo lapsos de silêncio indevidos.”
Tenho minhas totais reservas quanto à “bela apresentação” a qual o senhor se refere. Tenho certeza de que se o Te Deum, de W. A. Mozart, tivesse sido executado a sua opinião seria bem outra. Todavia, comentarei somente o que diz respeito à minha atuação em particular como pianista acompanhador, ou seja, executo as músicas respondendo ao comando do regente.
Não sei de que ponto exato do ginásio o senhor assistiu a minha performance e, consequentemente, chegou a tais conclusões. Gostaria que o senhor tivesse me dado a honra de ter se colocado bem próximo a mim e ter apreciado todo o processo a partir do meu ponto de vista. Creio que a sua opinião pudesse ser completamente diferente da atual.
Certamente perceberia que segui basicamente a todos os comandos do maestro. Isto certamente foi a origem do fato de ter me perdido. Inúmeras vezes recebi o comando de iniciar uma obra e em seguida era interrompido, pois tanto o maestro e o seminarista cerimoniário que o apoiava estavam extremamente confusos e perdidos na liturgia. Se o senhor não percebeu, muitas vezes recebi o comando de executar uma obra no momento errado, caso de Ecce Sacerdus Magnus, o resultado dos equívocos da regência e de seu apoiador foram as inúmeras entradas erradas às quais o senhor se refere.
Acredito que o “lapso de silêncio indevido” assinalado em sua citação seja a entrada do Amém Triplo logo após a doxologia. Reconheço a existência desse lapso, porém explico detalhadamente. Foi solicitado ao coro pelo maestro, momentos antes que abrissem suas páginas em um canto pastoral. Neste momento percebi a falha iminente e solicitei a uma coralista de que avisasse ao regente sobre mais este equívoco. Após todo esse processo ainda recebi um comando inseguro, desatento e impreciso e a consequência foi o “lapso de tempo” referido. Infelizmente, foi a única saída que tive para evitar que houvesse mais uma falha lamentável.
Não me recordo de outros problemas que mereçam ser pormenorizados. Todos recaem sobre um erro básico da maioria dos insucessos: a desorganização! Todos esses erros grosseiros poderiam ter sido evitados se tivéssemos comandos seguros e precisos, mas isso infelizmente não ocorre.
Não é meu objetivo aqui atacar ninguém, tampouco utilizar-me de um artifício pueril de atribuir meus erros a outrem. Meu intuito é somente justificar-me dos erros que cometi, pois sou um profissional seriíssimo e, assim como qualquer outro músico respeitado, não admito falhas baseadas em irresponsabilidades e displicências. Me sinto profundamente ofendido quando existe alguma menção depreciativa sem fundamento acerca do meu desempenho profissional e tenho certeza de que essa não foi sua intenção.
Simplesmente elucido que a origem da minha execução desastrosa, não foi a causa, mas sim um efeito de um trabalho incipiente, construído em bases fragilíssimas e desorganizadas, e desprovido de inúmeros conhecimentos, dentre eles o latim.
Tenho certeza de que manterá em seu respeitável blog essa minha resposta às suas considerações. E espero que depois das minhas palavras possa reavaliar a sua opinião ao meu respeito.
Atenciosamente,
Daniel Sanches, pianista acompanhador do Coral Arquidiocesano de Niterói.
Mui respeitável Sr. Pianista Acompanhador, Sr. Daniel Sanches,
ResponderExcluirEmbora o Sr. não tenha sequer me saudado no início de seu comentário, como é de praxe, tenho certeza de que alimenta profunda reverência para com todos os sacerdotes e, em especial a mim, já que o ajudei a refletir sobre sua participação na parte musical do grande Jubileu de Ouro Sacerdotal do Excelentíssimo e Reverendíssimo Dom Alano Maria. Peço desculpas por responder somente agora; por educação e não por qualquer outro constrangimento de quem quer que seja, eu respondo a tudo o que me enviam. Pois bem, estou num encontro de Diretores espirituais da Legião de Maria, em Niterói desde segunda e sem acesso à internet. Hoje, num momento vago, pude ver minha correspondência virtual na casa de um amigo padre.
Bem, Sr. Sanches, como bem disse, não desejei machucar a ninguém, até porque prego isso, mas falei do que todos perceberam. Seu esclarecimento já foi feito - parece que não foi sua culpa, mas de outros. No entanto, o que vimos e ouvimos foi o que relatei. Seria bom que estas relações internas fossem resolvidas entre os senhores. Espero, sinceramente, que haja plena união e, porque não dizer, sintonia entre todos: o coral, seu pianista e seu maestro.
Não sei o que o Sr. quis dizer com "lamentável surpresa e estado de total consternação" se eu, o Sr. e todos os que participamos, percebemos os erros acontecidos. Sim, o Sr. já se justificou e peço-te, como cristão, as devidas desculpas. Peço-te também, caríssimo Sr., que receba minha bênção para o bom êxito do teu ministério (e não "performance") junto ao coral; que esta música linda e santa seja para a glória de Deus!
Que Maria, a cantora das maravilhas de Deus, e os coros dos anjos estejam te inspirando sempre os dons necessários para bem exercer teu chamado diante de Deus: paciência, humildade, santidade, delicadeza, gosto pelo belo e perseverança.
Um abraço, meu amigo! Fique com Deus!