sábado, 30 de julho de 2011

Homilia do 18° Domingo do Tempo Comum


As multidões seguiam Jesus com entusiasmo. Até se esqueciam de levar o que comer. Agora encontram-se numa situação difícil: estão longe de algum lugar onde possam comprar pão e a noite aproxima-se.
Por falta de fé, – não se lembram de que têm com eles o Senhor onipotente – os Apóstolos deixam-se tentar por uma solução preguiçosa e irresponsável: “Manda embora esta gente!”.
a) As fomes do mundo de hoje. «Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: “Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento”.»
Talvez não precisemos de sair de casa ou do nosso ambiente de trabalho para encontrar muitas pessoas com graves carências.
Estamos habituados a reparar só na fome corporal e noutras dificuldades temporais que as pessoas apresentam, mas não damos atenção a outras espécies de fome que atormentam muitas pessoas.
• Há fome de doutrina: A ignorância religiosa, mesmo entre os que se dizem católicos, é hoje um verdadeiro flagelo. Esta ignorância leva muitas pessoas a comungar indignamente, a apropriar-se dos bens alheios, a viver desonestamente e a atear conflitos em famílias inteiras.
• Fome da graça de Deus. Muitas pessoas vivem habitualmente em pecado mortal, como se isto fosse a coisa mais natural de mundo.
• Fome de paz, de alegria, de otimismo, como consequência do abandono do amor de Deus.
Nem sempre os que nos aparecem como ricos o são de verdade na alma. Muitos, pela sua vida, são clamorosamente indigentes, a pedir a nossa ajuda.

b) Ele precisa da nossa generosidade. «Disseram-Lhe eles: “Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes”. Disse Jesus: “Trazei-mos cá”.»
Quando Jesus mandou aos Apóstolos que fossem eles e dar de comer àquela multidão faminta, devem ter ficado desorientados.
Jesus aponta a solução: façamos da nossa parte tudo o que é possível – mesmo que seja pouco – e, a partir daí, Deus solucionará os problemas.
• Pediu aos serventes que enchessem as talhas de água em cana da Galileia e Jesus transformou a água no melhor vinho.
• Pediu que o jovem se desprendesse dos cinco pães e dois peixes e, com eles, o Mestre saciou cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
• Para que o paralítico voltasse para casa cheio de saúde, foi necessário que alguns amigos levassem o seu catre até à casa onde Se encontrava Jesus.
Também nas coisas materiais assim acontece: os pais chamam novos seres humanos à vida, de mãos dadas com Deus; o lavrador lança a semente à terra, como se estivesse a proceder a um desperdício, e o Senhor multiplica por muitos grãos aqueles que o homem lançou á terra.
O que Ele quer de nós, afinal, é que façamos tudo e só o que podemos fazer. Ele toma a responsabilidade de realizar tudo o mais.

c) Deus fará maravilhas. «Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos
Muitas vezes queixamo-nos da força do mal e dos poucos meios que temos. Afinal, temos as mesmas armas com que os primeiros cristãos transformaram o mundo: o trabalho feito com seriedade, a caridade fraterna, a Palavra de Deus, a oração e o jejum.
A vitória está prometida: «Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!»

Em cada Celebração da Eucaristia, o Senhor multiplica maravilhosamente pelo ministério dos Seus sacerdotes, não os pães e os peixes, mas o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, tão real e perfeitamente como está no Céu, para que O possamos receber.
Antes desta maravilha, terna acessível para todos nós o perdão dos pecados, pela Sacramento da Reconciliação Penitência, e acolhe as nossas confidências na oração.
Imitemos a generosidade de Nossa Senhora que se pôs inteira e incondicionalmente à disposição do Senhor, tornando possível a Redenção do mundo.
Com a sua ajuda materna, teremos um mundo melhor.

Fonte: rezaravida.net

Um comentário:

  1. José Roberto (Beto Gordo)31 de julho de 2011 às 10:37

    Sábias palavras, que com certeza, vieram por força e generosidade do Espírito Santo. Como o Sr. Padre disse em sua Homilia, Jesus chama os seus para juntar-se a ele e trabalhar em prol do Reino. Poderia DEUS fazer tudo sozinho, pois Ele tudo pode. mas preferiu contar com a nossa participação. Não fiquemos de braços cruzados. Vamos às obras. Quando o comodismo bater à nossa porta, apeguemo-nos na oração e confiança Naquele que tudo pode, mas nos quer por perto na relaização de Sua obra.

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